sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Flat

Olhar pro mar e viajar ao som das gaitas,

E dos andantes na areia.

Sou discípula das minhas vontades...

Trafego em meu fone de ouvido... Vejo aéreos... 360...fico aérea...

Viajo junto das tuas manobras...

Quem me dera ser a fonte e a inspiração das tuas ondas...

Sacrifício nada... Não!Não é nada com nada..

Quem me dera conseguir manobrar também meu coração...

As gaivotas esvoaçantes... deslizantes no vento...as gaitas dançantes...

Vontade que passa... Que vai embora com as gaivotas...

No vai -e -vem das ondas.


Lane Cardoso

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Tarô

Eu andei dentro de uma roda viva, desagregando posturas, esgotando sensibilidades.Os minúsculos caquinhos de vidro, vez ou outra, tenho que retirá-los da carne.
De fora, descomunico amabilidades e passo me desfazendo em cores de olhares aquarela, às vezes recebo afagos tais... Não economizam circunstâncias... Desafio infelicidades.
Eu ando me abastecendo de grandiosidades metafísicas, almoço e janto melancolias ancestrais, sinto no ventre, comoções maternais e de vez em quando me flagram com um rizinho idiota na cara.
De vez em quando me pego numa felicidade atemporal, acalmo e emprego doses de sanidade, despojo e me sirvo de cálidas intuições.
O nariz do pai e a boca da mãe, fora do ar e dentro do mar, enlaçada por inquietos laços, fluída de esperanças e alma, "pensável e sensível" é meu filtro inevitável, sujeitos ao trânsito ulterior, pela feitura de novas circunstâncias, mais brilhantes. 
Pela firmeza inefável e pretensiosa da procura.

Andréa Alves