
quinta-feira, 28 de maio de 2009
D.L.A.A.

sábado, 9 de maio de 2009

Cansei dessa zona...
Dessa palhaçada.
Gente sem graça.
Em um distante tempo deixei minhas lembranças pra trás.
Acolhidas pelo vento...
Sinto-me cansada.
Demasiadamente atrofiada.
Quero tudo de volta!
Em um tempo circunstante, consequente..
Relembrar velhas passagens, retornar à mesmice...
Era bem melhor...
Tempo, tempo, tempo.
Que não volta mais.
Lane Cardoso
terça-feira, 5 de maio de 2009
Travessia


sábado, 2 de maio de 2009
Velhas linhas...

Fazia tempo que esta brisa tão tocava o meu rosto...
Este azul celeste me lembra uma infância não tão distante.
Ecoam esses sons do mar bem longe, onde o vento costumava balançar nossos cabelos.
Saudades daquela época em que escutávamos pássaros cantarem.
Hoje eu não escuto mais.
É efêmero não pensar neste retorno.
Voltar pra aquela cabaninha onde o monte de areia servia pra te consolar com aqueles castelos mal-feitos.
Juventude estática, voando alto, saltando entre as estrelas.
Diariamente se vê da janela aquele sol brilhante com nuvens cor de neve...
Lembro-me de quando me balançava na rede e eu adormecia...
No espelho a olhar-me, sentindo o cheiro do café e depois sentir o gosto do pão.
Brincando de roda e teu olhar atento a todas,às nossas manobras.
Aquela criançada.
Não tentei ser o que sou, foi por acaso...
Ser esta vastidão de saudade, de alegria.
E por ora, nostálgica.
Queria todo aquele sol, todas aquelas nuvens pra te agarrar no horizonte, no infinito.
Enquanto o sonho permeia minha noite,
Resta-me estes versos,que enxugam minhas lágrimas.
Lane Cardoso
Soube mais das dores...

Estas frases tão e palavras tão densas e tão propensas...nos fazem relembrar o que pesa na alma?
Em seus desencontros cruzando com o silêncio nos fazem relembrar o que está suspenso?
Presas em altas e elevadas encruzilhadas que transformam nosso ato de pensar em circunstâncias relativamente normais?
Qual o problema em penar?
Empenar esta crosta de alfaiataria. Essa costa de solidão.
Sorrindo deste abismo.. Estou rindo de mim... Sem fim...
Um fim de suspense. Um filme de suspense... Sem pena...
A pena por si só já dói...
E nesta dor tão profunda quanto este abismo mental, tentei consertar meus passos, mas em meio a muitas doses é praticamente irreconhecível o meu esforço.
Esforço este a que devo satisfações à minha própria sorte...
Que sorte?
Aquela incompreendida diante de um pranto.
Que se alterava enquanto aumentava a dolorida sensação de te perder me perdendo.
Eu te perdia através da minha perda...
Eu estava me perdendo.
Inacreditável que este coração não tenha encontrado um amor.
E tão tarde irá encontrá-lo...anda perdido por entre estes colapsos sem trajes e diante desta luz....cinza.
Preste atenção...não cave ainda mais esta dor...
Preste atenção...este abismo é maior...
Essa ferida é uma bagunça...
O intermédio entre a cova e o imundo...
Aqui não se pode ter paz...esta cena encena o meu fracasso.
E esta minha cara triste...
Procurando a tua mão que eu esperava estar estendida, estende a causa desta trágica comédia...
A morte se aproxima dessa minha doce vergonha.
É dessa velha e feia vergonha...