sábado, 2 de maio de 2009

Soube mais das dores...


Estas frases tão e palavras tão densas e tão propensas...nos fazem relembrar o que pesa na alma?
Em seus desencontros cruzando com o silêncio nos fazem relembrar o que está suspenso?
Presas em altas e elevadas encruzilhadas que transformam nosso ato de pensar em circunstâncias relativamente normais?
Qual o problema em penar?
Empenar esta crosta de alfaiataria. Essa costa de solidão.
Sorrindo deste abismo.. Estou rindo de mim... Sem fim...
Um fim de suspense. Um filme de suspense... Sem pena...
A pena por si só já dói...
E nesta dor tão profunda quanto este abismo mental, tentei consertar meus passos, mas em meio a muitas doses é praticamente irreconhecível o meu esforço.
Esforço este a que devo satisfações à minha própria sorte...
Que sorte?
Aquela incompreendida diante de um pranto.
Que se alterava enquanto aumentava a dolorida sensação de te perder me perdendo.
Eu te perdia através da minha perda...
Eu estava me perdendo.
Inacreditável que este coração não tenha encontrado um amor.
E tão tarde irá encontrá-lo...anda perdido por entre estes colapsos sem trajes e diante desta luz....cinza.
Preste atenção...não cave ainda mais esta dor...
Preste atenção...este abismo é maior...
Essa ferida é uma bagunça...
O intermédio entre a cova e o imundo...
Aqui não se pode ter paz...esta cena encena o meu fracasso.
E esta minha cara triste...
Procurando a tua mão que eu esperava estar estendida, estende a causa desta trágica comédia...
A morte se aproxima dessa minha doce vergonha.
É dessa velha e feia vergonha...

 Lane Cardoso

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