Fazia tempo que esta brisa tão tocava o meu rosto...
Este azul celeste me lembra uma infância não tão distante.
Ecoam esses sons do mar bem longe, onde o vento costumava balançar nossos cabelos.
Saudades daquela época em que escutávamos pássaros cantarem.
Hoje eu não escuto mais.
É efêmero não pensar neste retorno.
Voltar pra aquela cabaninha onde o monte de areia servia pra te consolar com aqueles castelos mal-feitos.
Juventude estática, voando alto, saltando entre as estrelas.
Diariamente se vê da janela aquele sol brilhante com nuvens cor de neve...
Lembro-me de quando me balançava na rede e eu adormecia...
No espelho a olhar-me, sentindo o cheiro do café e depois sentir o gosto do pão.
Brincando de roda e teu olhar atento a todas,às nossas manobras.
Aquela criançada.
Não tentei ser o que sou, foi por acaso...
Ser esta vastidão de saudade, de alegria.
E por ora, nostálgica.
Queria todo aquele sol, todas aquelas nuvens pra te agarrar no horizonte, no infinito.
Enquanto o sonho permeia minha noite,
Resta-me estes versos,que enxugam minhas lágrimas.
Lane Cardoso
Nenhum comentário:
Postar um comentário