sábado, 2 de maio de 2009

Velhas linhas...


Fazia tempo que esta brisa tão tocava o meu rosto...

Este azul celeste me lembra uma infância não tão distante.

Ecoam esses sons do mar bem longe, onde o vento costumava balançar nossos cabelos.

Saudades daquela época em que escutávamos pássaros cantarem.

Hoje eu não escuto mais.

É efêmero não pensar neste retorno.

Voltar pra aquela cabaninha onde o monte de areia servia pra te consolar com aqueles castelos mal-feitos.

Juventude estática, voando alto, saltando entre as estrelas.

Diariamente se vê da janela aquele sol brilhante com nuvens cor de neve...

Lembro-me de quando me balançava na rede e eu adormecia...

No espelho a olhar-me, sentindo o cheiro do café e depois sentir o gosto do pão.

Brincando de roda e teu olhar atento a todas,às nossas manobras.

Aquela criançada.

Não tentei ser o que sou, foi por acaso...

Ser esta vastidão de saudade, de alegria.

E por ora, nostálgica.

Queria todo aquele sol, todas aquelas nuvens pra te agarrar no horizonte, no infinito.

Enquanto o sonho permeia minha noite,

Resta-me estes versos,que enxugam minhas lágrimas.


Lane Cardoso

Nenhum comentário:

Postar um comentário