domingo, 25 de janeiro de 2009

Ela esteve presa por algumas naquele lugar em que passou sem ser vista.

Ninguém precisava vê-la, ver a sua cara inchada, seus pés descalços, o andar torto.

Uma folha caindo na testa e o que lhe resta?

Rezar por entre os vivos, secar a fonte, rastrear a vizinhança?

Escreveu nada com nada diante daquele papel seco.

Aquela folha ficou lá, jogada como ela entre as cercas,como um jazigo desocupado.

Ela está obscura demais. Daqui a pouco começa a citar os profanos da mitologia negra.

Sim, negra porque às claras não quer ser vista.

Joga fora todo aquele passado sujo, veste a roupa da liberdade e bebe o cálice da puberdade.

Êita idade!

__________________________________Lane Cardoso

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