sábado, 24 de janeiro de 2009


Fazia tempo que esta brisa tão tocava o meu rosto...
Este azul celeste me lembra uma infância não tão distante.
Ecoam esses sons do mar bem longe, onde o vento costumava balançar meus cabelos.
Saudades daquela época em que a gente escutava os pássaros cantarem. Hoje eu não escuto mais. É efêmero não pensar neste retorno. Voltar pra aquela cabaninha onde o monte de areia servia pra te consolar com aqueles castelos mal-feitos.
Juventude estática, voando alto, saltando entre as estrelas.
Diariamente se vê da janela aquele sol brilhante com nuvens cor de neve...
Lembro-me de quando me balançava na rede e eu adormecia.
No espelho sentindo o cheiro do café pra depois sentir o gosto do pão.
Brincando de roda e teu olhar atendo a todas às nossas manobras. Aquela criançada.
Não tentei ser o que sou, foi por acaso...
Ser esta vastidão de saudade, de alegria.
E por ora, nostálgica.
Queria todo aquele sol, todas aquelas nuvens pra te agarrar no horizonte, no infinito.
Enquanto o sonho permeia minha noite,
Resta-me dizer que eu te reencontrarei um dia.

__________________________________Lane Cardoso

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