Eu não agüento tanta gente. Eu não agüento essa gente.Devorar-te como um cão faminto ou um diabo que foi pra cruz.
Desisto das mediocridades destas horas, desisto das filas, insisto na lógica.Fio a fio de lã, a garganta entalada, não desce, não desce.
Nestas luzes, faróis altos, cidade cinza, aperto nas escadas, corredores escuros, calçada abarrotada.
Quero a brisa, o andar devagar na calçada, o vento soprando, a parafina desbotando meu cabelo. Oras, que escolha, que escola!
Aprendendo na marra, saltando cedo da cama, se vestindo apressado, a meia trocada, o sapato sem graxa. Isso não, vida!
No quarto, o cd jogado, a bolsa atirada, a roupa úmida, o gelo descongelado na bebida. Isso não, loucura! Este ritmo não faz bem.
Ele quer jogar tudo pro alto e agarrar só o que vale a pena.
Deitar e levantar lentamente, somente.
__________________________________Lane Cardoso
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