terça-feira, 16 de junho de 2009
segunda-feira, 15 de junho de 2009

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Cabelo solto...corpo leve,
Sou eu quem escreve a minha prece.
No meu ritmo,
Continuo a seguir.
Não há o que descobrir,
Não há o que fingir.
O sol brilha,o amanhã está ensolarado,
Melodia,
Comigo,lado a lado.
E assim vou criando meu compasso.
Não se admire,não se engane,
Na primeira impressão.
Não me mire,não atire,
Lembre-se apenas da canção."
quinta-feira, 28 de maio de 2009
D.L.A.A.

sábado, 9 de maio de 2009

Cansei dessa zona...
Dessa palhaçada.
Gente sem graça.
Em um distante tempo deixei minhas lembranças pra trás.
Acolhidas pelo vento...
Sinto-me cansada.
Demasiadamente atrofiada.
Quero tudo de volta!
Em um tempo circunstante, consequente..
Relembrar velhas passagens, retornar à mesmice...
Era bem melhor...
Tempo, tempo, tempo.
Que não volta mais.
Lane Cardoso
terça-feira, 5 de maio de 2009
Travessia


sábado, 2 de maio de 2009
Velhas linhas...

Fazia tempo que esta brisa tão tocava o meu rosto...
Este azul celeste me lembra uma infância não tão distante.
Ecoam esses sons do mar bem longe, onde o vento costumava balançar nossos cabelos.
Saudades daquela época em que escutávamos pássaros cantarem.
Hoje eu não escuto mais.
É efêmero não pensar neste retorno.
Voltar pra aquela cabaninha onde o monte de areia servia pra te consolar com aqueles castelos mal-feitos.
Juventude estática, voando alto, saltando entre as estrelas.
Diariamente se vê da janela aquele sol brilhante com nuvens cor de neve...
Lembro-me de quando me balançava na rede e eu adormecia...
No espelho a olhar-me, sentindo o cheiro do café e depois sentir o gosto do pão.
Brincando de roda e teu olhar atento a todas,às nossas manobras.
Aquela criançada.
Não tentei ser o que sou, foi por acaso...
Ser esta vastidão de saudade, de alegria.
E por ora, nostálgica.
Queria todo aquele sol, todas aquelas nuvens pra te agarrar no horizonte, no infinito.
Enquanto o sonho permeia minha noite,
Resta-me estes versos,que enxugam minhas lágrimas.
Lane Cardoso
Soube mais das dores...

Estas frases tão e palavras tão densas e tão propensas...nos fazem relembrar o que pesa na alma?
Em seus desencontros cruzando com o silêncio nos fazem relembrar o que está suspenso?
Presas em altas e elevadas encruzilhadas que transformam nosso ato de pensar em circunstâncias relativamente normais?
Qual o problema em penar?
Empenar esta crosta de alfaiataria. Essa costa de solidão.
Sorrindo deste abismo.. Estou rindo de mim... Sem fim...
Um fim de suspense. Um filme de suspense... Sem pena...
A pena por si só já dói...
E nesta dor tão profunda quanto este abismo mental, tentei consertar meus passos, mas em meio a muitas doses é praticamente irreconhecível o meu esforço.
Esforço este a que devo satisfações à minha própria sorte...
Que sorte?
Aquela incompreendida diante de um pranto.
Que se alterava enquanto aumentava a dolorida sensação de te perder me perdendo.
Eu te perdia através da minha perda...
Eu estava me perdendo.
Inacreditável que este coração não tenha encontrado um amor.
E tão tarde irá encontrá-lo...anda perdido por entre estes colapsos sem trajes e diante desta luz....cinza.
Preste atenção...não cave ainda mais esta dor...
Preste atenção...este abismo é maior...
Essa ferida é uma bagunça...
O intermédio entre a cova e o imundo...
Aqui não se pode ter paz...esta cena encena o meu fracasso.
E esta minha cara triste...
Procurando a tua mão que eu esperava estar estendida, estende a causa desta trágica comédia...
A morte se aproxima dessa minha doce vergonha.
É dessa velha e feia vergonha...
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Flat
Olhar pro mar e viajar ao som das gaitas,
E dos andantes na areia.
Sou discípula das minhas vontades...
Trafego em meu fone de ouvido... Vejo aéreos... 360...fico aérea...
Viajo junto das tuas manobras...
Quem me dera ser a fonte e a inspiração das tuas ondas...
Sacrifício nada... Não!Não é nada com nada..
Quem me dera conseguir manobrar também meu coração...
As gaivotas esvoaçantes... deslizantes no vento...as gaitas dançantes...
Vontade que passa... Que vai embora com as gaivotas...
No vai -e -vem das ondas.
Lane Cardoso
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Tarô
Eu ando me abastecendo de grandiosidades metafísicas, almoço e janto melancolias ancestrais, sinto no ventre, comoções maternais e de vez em quando me flagram com um rizinho idiota na cara.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Distâncias...
Esta distância das coisas...
Vivo aqui pensando em uma forma de trazê-las pra perto pra não sacanear mais meu coração.
Fico horas vagando neste travesseiro por vezes sombrio e intransigente.
Deixo as horas me levarem como levam os pássaros.
E esta voz solta na minha cabeça, meus pés calejados.
Isso tudo é um grande mistério, guardado a sete chaves.
Nem mesmo o melhor dos adivinhos conseguiria adivinhar por onde andam minhas idéias.
As horas vão passando, passando como se eu tivesse em um filme de contagem regressiva.
Por horas quero desistir destes absurdos, destas frases, destas cinzas.
Cinzas deixadas com palavras sem nexo...
Ah... Mas, esta distância é uma loucura. Passageira.
Passará como as nuvens em um céu azul anil.
Quero trazer pra bem perto, pra um lugar em que possa tocar, apalpar.
E assim festejar mais um dia sem pensar em trazê-las pra perto.
Lane Cardoso
O que dói não estas ruas, não são estes traços, não são estas velas.
O que me dói não são estas estrelas sem brilho, não são estes cortejos incertos, não é esta brisa sem mar.
O que me dói não é o pestanejar de quem pede, não são estes vultos inocentes, não são estas linhas tortas, não é este alvoroço.
O que me dói não é cintilante, não é este horizonte, não são estes inícios, meio e fins.
O que me dói não é a fila pro pão, não é a andar desconcertado, não é o domínio em minhas mãos.
O que me dói não é esta taça cheia, este maço corrompido, estas folhas secas.
O que me dói não é o exigente, o intransigente, o inocente.
O que me dói não é o fracasso, não é cair, não é levantar.
O que me dói não é a insensatez, não é eloqüente, não é o dissidente.
O que me dói não é distante, está bem perto, que dói.
O que me dói não está no infinito, está balançando ao vento, exaltado no escuro.
O que me dói é este segredo.
Lane Cardoso
Um anjo e uma canção
Ah...anjo com tão despontada magia.
Uma canção que não sai do teu olhar.
Uma flor que há de não secar dentre estes efêmeros versos.
Uma prosa que há de sobreviver nestes eternos lençóis.
Aparecem-me a tua face angelical, estes cachos doirados...
Com este jeito lançando-me a perdição.
Tão formoso sorriso neste louco luar.
Vem assim nos meus sonhos, me cobrindo de suor.
Oh!Não venhas a me desapontar, partindo sem endereço deixar.
Venha pra perto, chegue mais perto.
Conte-me a tua estória, faça-me suspirar.
Corte estes velhos espaços e retire as gotas deste meu olhar.
Deixe esta noite passar sem dor, não deixe vestígios.
Deixe apenas que as folhas caiam e que as sementes possam germinar.
Para que entre a prosa, a lua e a canção, as flores ainda possam brotar.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
com os olhos semicerrados
Mas ainda assim há fumaça.
Noites de Campos
Lá dentro o ar é pesado e frio, alegrava e apavorava, lugar cheio de sombras, mecanismos de felicidades, de vultos que a esperavam na ânsia de roubar um tanto do seu sentir. Ella sentia orgulho e misericórdia, __esses velhos fantasmas me amam tanto. Pensava. Com certeza e com paixão suficiente para rasgá-la e sacolejá-la, enchendo o quarto de contrações magnéticas, em belas horas fora arremessada janela abaixo, mas suas asas mil vezes a salvariam de mil estagnações sonolentas.
Pela manhã, Ella de olhos fechados, sonambólica, estica os ossinhos dos pés doloridos e sente
__O melhor é dormir, porque nem o horror nem nas noites de mais puro prazer, nada impede o sol de raiar o dia, causando-me o tédio ilusório da eternidade.
domingo, 25 de janeiro de 2009
Ela esteve presa por algumas naquele lugar em que passou sem ser vista.
Ninguém precisava vê-la, ver a sua cara inchada, seus pés descalços, o andar torto.
Uma folha caindo na testa e o que lhe resta?
Rezar por entre os vivos, secar a fonte, rastrear a vizinhança?
Escreveu nada com nada diante daquele papel seco.
Aquela folha ficou lá, jogada como ela entre as cercas,como um jazigo desocupado.
Ela está obscura demais. Daqui a pouco começa a citar os profanos da mitologia negra.
Sim, negra porque às claras não quer ser vista.
Joga fora todo aquele passado sujo, veste a roupa da liberdade e bebe o cálice da puberdade.
Êita idade!
__________________________________Lane Cardoso
Caos
Eu não agüento tanta gente. Eu não agüento essa gente.Devorar-te como um cão faminto ou um diabo que foi pra cruz.
Desisto das mediocridades destas horas, desisto das filas, insisto na lógica.Fio a fio de lã, a garganta entalada, não desce, não desce.
Nestas luzes, faróis altos, cidade cinza, aperto nas escadas, corredores escuros, calçada abarrotada.
Quero a brisa, o andar devagar na calçada, o vento soprando, a parafina desbotando meu cabelo. Oras, que escolha, que escola!
Aprendendo na marra, saltando cedo da cama, se vestindo apressado, a meia trocada, o sapato sem graxa. Isso não, vida!
No quarto, o cd jogado, a bolsa atirada, a roupa úmida, o gelo descongelado na bebida. Isso não, loucura! Este ritmo não faz bem.
Ele quer jogar tudo pro alto e agarrar só o que vale a pena.
Deitar e levantar lentamente, somente.
__________________________________Lane Cardoso
sábado, 24 de janeiro de 2009

Este azul celeste me lembra uma infância não tão distante.
Ecoam esses sons do mar bem longe, onde o vento costumava balançar meus cabelos.
Saudades daquela época em que a gente escutava os pássaros cantarem. Hoje eu não escuto mais. É efêmero não pensar neste retorno. Voltar pra aquela cabaninha onde o monte de areia servia pra te consolar com aqueles castelos mal-feitos.
Juventude estática, voando alto, saltando entre as estrelas.
Diariamente se vê da janela aquele sol brilhante com nuvens cor de neve...
Lembro-me de quando me balançava na rede e eu adormecia.
No espelho sentindo o cheiro do café pra depois sentir o gosto do pão.
Brincando de roda e teu olhar atendo a todas às nossas manobras. Aquela criançada.
Não tentei ser o que sou, foi por acaso...
Ser esta vastidão de saudade, de alegria.
E por ora, nostálgica.
Queria todo aquele sol, todas aquelas nuvens pra te agarrar no horizonte, no infinito.
Enquanto o sonho permeia minha noite,
Resta-me dizer que eu te reencontrarei um dia.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Metendo o bedelho

Uns ficam ricos, outros ficam pobres, outros doentes, outros com saúde até demais, outros mega-empresários, donas de boutique, que loucura... Eu gosto mesmo é de escrever e viver... primeiro eu vivo e depois eu escrevo..mas,espera aí?
Vou falando,vou cantando,vou contando nada com nada, mas o que importa é isso, depois somos relembrados.
Relembro tanta gente, tanta coisa, leio tanto dos imortais, dos mortais, dos que vão e voltam.
Acrescentar isso à minha vida, ao meu passado, escrever pro futuro... Danem-se quem acha louco, um absurdo.
Profano é não viver, não dar uns tragos, uns goles, não aproveitar o mar, não descer nas ondas, não ver o sol, não admirar a lua, não me mostrar as estrelas, não cultivar o bem, querer meter o bedelho na vida alheia.
É o que digo: quero mais é viver, viver aqui e quem sabe acolá. Viver acolá e quem sabe viver aqui.
Querem me “indireitar”...
Ah!Não meta o bedelho!
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Por David Leão...
Por Marsoan...
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Tragos entre goles

Em todos os tragos ,em todos os goles...em todos os outros...
Aquele gole macio,aquele trago quente,aqueles outros frios...
Estava mesmo naquele lugar.
No lugar onde não poderia entrar.
Os fios de lã...o tecido de seda pura,
O contraste teu e meu,
Enrolada nos lençóis...
Selva...ahhh...doce selva...
Antes de acordar...o sol já brilhava...a respiração já ofegava...
Num instante parecia que iria acabar...mas acabara de começar!
Desleixo,te deixo...Lembrar do trago,daquela garrafa de uísque...naquele lençol amarrotado...
Ah...corro pra te pegar....de novo...
Com muitos tragos e em outros goles.
__________________________________Lane Cardoso
Liberdade
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer !
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não !
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
________________ Fernando Pessoa

Delicatessen
________________________________________Hilda Hilst
sábado, 17 de janeiro de 2009
Luigi

Bateu a porta devagar
e sem pedir licença pra entrar.
Entoou versos secretos,jurou sempre amar.
Juras poéticas,frases enfáticas,nem precisou começar.
O brilho intenso dos teus olhos em meu coração está.
Enche-me de alegria saber que longe de ti,eu nunca mais irei ficar."
Desenhos
um lapso!
Um lápis pra desenhar
tudo o que penso.
Tudo o que é tenso.
Tudo o que é denso.
Fantasias
em suas entranhas
eu alcanço.
Fantasias das lembranças
no descanço.
Viajo no deslize do
meu ego.
Esqueço no deslize
do que vejo!
Não me traga a tua
dor.
Fora do meu peito!
Dor do imenso,tenso amor."
__________________________________Lane Cardoso
Pertenço.
Do inverso e do controverso,
Do frio e do calor,
Da demora e da espera,
Da esfera e do longínquo,
Do seco e do molhado,
Do imenso e do pequeno,
Do retrato e da presença,
Do escuro e do claro,
Do retrocesso e do recomeço,
Da essência e da brisa,
Do Sudeste e do Nordeste,
Do gelado e do fervor,
Do mais e do menos,
Da cara e da coragem,
Do mar e da terra.
No fim, serei das flores.”
__________________________________Lane Cardoso
Picasso
Desabafo.
Encontrou um poste.
Encostou a cabeça e desabou a chorar.
Não encontrou a sorte.
Andou meio devagar e com um passo na morte,
Relutou em desabar...
Triste fim de Joaquim...
Neste instante um senhor veio a o abordar...
Não teve pressa em lhe contar da traição de Mariah...
Das dores de cabeça,
Nem a ciência poderá explicar...
Triste fim de Joaquim.
Alegre começo de Mariah.
Desaponto.
Anseios
Andar, vagar, chegar.
Recomeço,submeto,atravesso.
Anseios.
Fim.
Se fôssemos infinitos
Tudo mudaria.
Então, que o tudo permaneça
Como está."
Kitupira...
Pra me ferir menos...
Eu sei que ela está lá...
E em desvios se faz pequeno...
O tempo..."
"Kitu nós...kitu quer...
kitu vai...Kit vêm..
Kitu céu...Kitu mar...
Kitu tu tá...tá...tá..
Não posso negar...
Kitu...saí de mim...
Kitu é assim...
Sim,posso afirmar...
é um reboliço que
em meu coração há..."
Deitaste...
Folhas deitadas, crepúsculos surgindo...
Nascidas de uma volta que o vento dá
Flores em torno dos teus olhos
Nem consigo relembrar.
Caminhos sem voltas!
Voltas que a Terra dá.
Sinto uma loucura pesar,
Um filme em preto e branco,
Sem cores, sem ar
Posso te deixar deitado
Porque não consigo te levantar
Ah... Voltas que a Terra dá!
Em meu peito
Só há dor a me acompanhar...